Balzac acreditava que as mulheres de 30 anos ou mais possuíam conhecimento e capacidade sensual de amar superiores. Em sua vida e obras não faltaram símbolos femininos que comprovassem essa visão.
Visionário e adiante do seu tempo, Balzac denunciou a condição das mulheres e tomou o partido delas ao propor reformas no trato conjugal para beneficiá-las. Acabou por se tornar o escritor preferido do público feminino com obras inspiradas por suas musas, mãe, irmãs, esposa, amantes, correspondentes e admiradoras.
Em uma época em que a opinião delas pouco valia, o escritor entregava seus manuscritos para que as mulheres de sua vida opinassem, contribuíssem com os enredos e o estilo antes de publicá-las. Aos 28 anos, escreveu anonimamente “A Fisiologia do Casamento” onde demonstrava um conhecimento assombroso sobre as mulheres. Evidentemente sabe-se que esse conhecimento foi adquirido através de seus relacionamentos com mulheres mais velhas e Laure de Berny foi a principal colaboradora. O ensaio causou escândalo no século XIX, no entanto o sucesso gerou a curiosidade em descobrir quem era o autor que assinava como “um jovem celibatário”.
Os biógrafos e críticos de Balzac são unânimes em afirmar que, na imensa galeria de personagens que ele criou, as femininas têm uma dimensão muito maior do que o conjunto de seus personagens masculinos.
As mulheres que o formaram e as personagens que criou são o destaque da série que traz balzaquianas cheias de emoções, virtudes, amores e vícios.
A adaptação contemporânea mistura fatos biográficos e tramas ficcionais para contar a história de mulheres experientes e de personalidades fortes como Laure de Berny, Félicité de Touches e Claire de Castries através do olhar de um jovem aspirante a roteirista.
Apesar de aqui no Brasil quase ninguém conhecer Balzac, todo mundo sabe o significado do termo “balzaquiana”. Uma balzaquiana é uma mulher experiente, interessante e atraente na maturidade. Isso aconteceu porque no carnaval dos anos 50 uma marchinha com esse nome fez muito sucesso e os compositores Wilson Batista e Nássara praticamente cunharam o termo.
Escute toda a playlist de Balzaquianas no link do rodapé.