METRÓPOLE
A relação de todos os personagens com a metrópole, na série representada pelo Rio de Janeiro, é íntima e não é apenas o pano de fundo para a ação, mas o epicentro da série, um personagem onipresente.
"Tudo exala vapor, queima, brilha, fervilha, flamba, se evapora, se apaga, se reacende, faísca, borbulha e se consome."
"Para mim, Paris é uma filha, uma amiga, uma esposa, cuja fisionomia sempre me encanta, porque ela é sempre nova para mim. Eu a estudo a qualquer hora e cada vez descubro novas belezas. Ela tem caprichos, se esconde sob a chuva, chora, reaparece brilhante, iluminada por um raio de sol que pendura diamantes nos telhados. Ela é majestosa, aqui; coquete, ali; pobre, mais adiante; ela adormece, ela acorda, ela é tempestuosa ou tranquila. Ah! minha querida cidade, como ela é cintilante e orgulhosa numa noite festiva, luminosa, ela salta, eletrizada pelo frisson."