Calyste Du Guénic (20s) é um jovem bonito, ingênuo, forte e apaixonado por esportes. Coleciona vitórias em lutas de Muay Thaï, dá aulas numa academia e cursa fisioterapia. Filho único de uma mãe superprotetora e religiosa, ele não teve muita educação formal e carece de cultura. Seus interesses são acima de tudo desportivos: artes marciais, capoeira, surf, sup, etc. tudo lhe interessa e ele se empenha para obter uma alta performance.
NA COMÉDIA HUMANA
Calyste é personagem do livro Béatrix.
Calyste por Balzac (Béatrix):
“Calisto, esse magnífico rebento da mais velha raça bretã e do mais nobre sangue irlandês, fora cuidadosamente educado pela mãe. Até o momento em que a baronesa o entregou ao cura de Guérande, ela tinha certeza de que nenhuma palavra impura, nenhuma ideia má tinham poluído os ouvidos e o espírito do filho. (…) Calisto teve o ensino do seminário, onde o abade Grimont fizera seus estudos. A baronesa ensinou-lhe o inglês. Acharam, não sem dificuldade, um professor de matemática entre os funcionários de Saint-Nazaire. Calisto ignorava necessariamente a literatura moderna, a marcha e os progressos atuais das ciências. Sua instrução limitara-se à geografia e à história circunspecta dos internatos de meninas, ao latim e ao grego dos seminários, à literatura das línguas mortas e a uma escolha restrita de autores franceses. Quando, aos dezesseis anos, começou isso que o abade Grimont denominava sua filosofia, ele não era menos puro do que no momento em que Fanny o entregara ao cura. A Igreja foi tão maternal como a mãe. Sem ser devoto, nem ridículo, o adorado rapaz era um católico fervoroso. Para esse filho tão belo, tão cândido, a baronesa queria arranjar uma vida feliz e obscura. Ela esperava alguma herança, duas ou três mil libras esterlinas de uma velha tia. Essa quantia, junto à fortuna atual dos du Guénic, poderia permitir-lhe achar para Calisto uma esposa que lhe trouxesse doze ou quinze mil francos de renda. (…)
Excetuando os olhos negros cheios de energia e de sol que herdara do pai, Calisto tinha belos cabelos louros, o nariz aquilino, a boca adorável, os dedos arqueados, a tez suave, a delicadeza, a brancura da mãe. Conquanto ele se assemelhasse muito a uma rapariga disfarçada de homem, tinha uma força hercúlea. Seus músculos tinham a flexibilidade e o vigor de molas de aço, e a singularidade de seus olhos negros não deixava de ter seu encanto.”