A farta cabeleira ruiva emoldura o olhar expressivo que comunica a autoconfiança dessa filha da elite. A atraente Claire (35s) tem uma voz aveludada, mas seu comportamento polido trai a sutil arrogância de quem se sabe belíssima e se acha superior. Ela mantém uma distância emocional das pessoas e principalmente dos homens, que desfruta com luxúria.
Essa balzaquiana poliglota e viajada teve uma juventude rebelde nos diversos colégios e intercâmbios, sempre buscando auto-afirmar sua independência. Ela é orgulhosa e faz questão de mostrar que não precisa do dinheiro da família. Pragmática e firme, ela é uma businesswoman workaholic que dirige sua rede de cafeterias com mão-de-ferro.
Campeã de hipismo desde a infância, ela adora desafios e é extremamente competitiva. Casou-se brevemente com um milionário conhecido, mas o relacionamento, a chatice das cobranças “domésticas” e o grupo de amigos dele a entediou. Logo se divorciou. Desde então, não criou vínculos românticos e prefere o varejo e a diversidade. Assim, ela cultiva um círculo de vários amigos-amantes ou tem casos de apenas uma noite com estranhos.
NA VIDA REAL
Na vida real, Claire Clémence Henriette Claudine de Maillé de La Tour-Landry, a duquesa de Castries, foi uma das amantes mais famosas de Balzac, apesar de os dois nunca terem consumado a relação. Claire manipulou o apaixonável Balzac sem jamais dar o que ele queria: seu corpo.
Inspirado nela, ele escreveu A Duquesa de Langeais.