Gennaro Conti (28s) é envolvente e educado. Cabelos lisos e longos, ele sabe ler música e toca bem tanto piano quanto violão. Músico precoce, ele tem pouca cultura geral. Diariamente ele dá aulas em diferentes pontos da metrópole para sobreviver e vive com o dinheiro curto, alimentando-se mal e fumando muito. Paralelamente, ele tenta emplacar a carreira de músico que, no entanto, carece de inspiração. A fala mansa e seu jeito sexy dissimulam o egocentrismo, atraindo alunas e alunos. Sedutor, ele procura relacionamentos que afaguem seu ego e alimentem seu narcisismo.
NA COMÉDIA HUMANA
Conti foi inspirado no compositor húngaro, virtuoso pianista, maestro, professor de música e arranjador, Franz Liszt. Em A Comédia Humana, ele aparece nos romances Béatrix e Ilusões Perdidas.
Conti por Félicité (em Béatrix):
“(…) um dos mais eminentes artistas do nosso tempo. (…) Gennaro Conti, o grande compositor, de origem napolitana, porém nascido em Marselha. Conti tem muito espírito, como compositor tem talento, conquanto jamais consiga alcançar os primeiros postos. (…) Não é uma voz, meu amigo, é uma alma. Quando esse canto responde a certas ideias, a disposições difíceis de pintar e nas quais se encontra por vezes uma mulher, ela fica perdida ao ouvir Gennaro. (…) Conti, como muitos artistas, é guloso; gosta das comodidades, dos seus prazeres, é faceiro, rebuscado, veste-se bem.”
