A farta cabeleira escura, longa e lustrosa de Laure D’Abrantès (45s) é a moldura ideal para realçar seus sorriso mediterrâneo e ela sempre parece ter acabado de sair do cabeleireiro mesmo quando está com o cabelo revolto. A maquiagem meticulosa valoriza seus olhos amendoados e suas sobrancelhas fartas e desenhadas. A atriz mignon de com corpo curvilíneo que enlouqueceu muitos figurões da indústria cinematográfica e colecionou alguns casamentos, teve seu tempo de glória. Ela inicia a primeira temporada meio esquecida pelo mercado, trocada por novidades mais jovens. D’Abrantès é inteligente, tem experiência de vida, a língua mordaz e cheia de espírito. Ela sabe contar histórias picantes dos bastidores com graça e, melhor ainda, como manipular os homens e deixá-los em brasa. “Marie” é sedutora, charmosa, tem grande conhecimento de artifícios para enredar suas conquistas e, além disso, gosta bastante de sexo.
NA VIDA REAL
Laure Junot, duquesa d’Abrantès, foi um importante caso de amor do jovem Balzac. Conhecedora da vida e melhor ainda dos homens, ela deixa o jovem enlouquecido com sua beleza, glamour e intimidade com a aristocracia. A duquesa aproveita sua amizade com Balzac para compilar suas memórias com o “encorajamento e a supervisão” do jovem que tornara-se seu amante em 1828. As memórias foram publicadas em 16/18 volumes em Paris no período de 1831-1834. Balzac, que gosta de dar apelidos as pessoas, a chama de Marie, pois Laure também é prenome de sua primeira amante, a “Dilecta”, de sua irmã e de sua mãe.
“Esta mulher viu Napoleão quando criança, ela o viu ocupado com as coisas comuns da vida. Então ela o viu se desenvolver, levantar e cobrir o mundo com o seu nome! Ela é para mim uma santa e veio sentar-se ao meu lado, depois de ter vivido no céu com Deus!”